Minicurso 17 Serviço Social e Interseccionalidade: possibilidades de debate

Sessões: 16 e 17 de dezembro

Resumo

Este minicurso tem como proposta trabalhar as questões fundamentais sobre o conceito de Interseccionalidades e sua relevância para o Serviço Social. A Interseccionalidade, segundo Crenshaw (2002), é um conceito que busca capturar as consequências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos de opressão/subordinação. O curso abordará a elaboração do conceito de interseccionalidade e sua relação com o feminismo negro brasileiro e norte-americano, compreendendo como o conceito surge e como ele tem sido incorporado pelos diversos movimentos sociais e teóricos. Para isso, como foco de estudo serão analisadas bibliografias e reflexões de feministas negras nas Américas, enquanto forma de investigação crítica e de práxis. Considerando que, o Serviço Social atua sobre os reflexos da questão social (IAMAMOTO, 2013). Logo, as opressões de raça, classes, gênero entre outras, também são formas de manifestação da questão social, pois o fazer profissional do assistente social consiste em uma atuação frente às demandas e as pluralidades dos sujeitos, também partes de um coletivo, atravessado por diferentes questões que precisam ser consideradas e analisadas. Ressalvando, a importância de sofisticar as ferramentas metodológicas para ponderar que interseccionalidade não se traduz em somatória de eixos de opressões, proporcionando importantes ideias para projetos de justiça social.

Principais tópicos do curso: Feminismo negro; Conceito de interseccionalidade e sua origem; a interseccionalidade na pesquisa em serviço social.

Metodologia de ensino: aula expositiva com o uso de slide show

Bibliografia de referência:
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Disponível em: http://www.unifem.org.br/sites/700/710/00000690.pdf. 24 set. 2020.
CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p.171-188, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdf. Acesso em: 19 set. 2020.
GONZALES, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Rio de janeiro, 1984. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4584956/mod_resource/content/1/06%20-%20GONZALES%2C%20L%C3%A9lia%20-%20Racismo_e_Sexismo_na_Cultura_Brasileira%20%281%29.pdf. Acesso em: 19 set. 2020.
HOOKS, Bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Rev. Bras. Ciênc. Polít., Brasília , n. 16, p. 193-210, Abr. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-33522015000200193&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 24 set. 2020.
LISBOA, Teresa Kleba; OLIVEIRA, Catarina Nascimento de. Serviço Social com perspectiva feminista: Interseccionando a(s) questão(ões) social(is). Caderno Espaço Feminino, Uberlândia, v. 32, n. 1, 2019. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/50719 . Acesso em: 19 set. 2020.
LORDE, Audre. Não Há Hierarquias de Opressão. IN: LORDE, Audre. Textos Escolhidos de Audre Lorde. Difusão Herética: edições lesbofeministas independentes. Retirado e traduzido de "I Am Your Sister - COLLECTED AND UNPUBLISHED WRITINGS OF AUDRE LORDE", Oxford University Press, 2009. p. 5-6. Disponível em: https://www.mpba.mp.br/sites/default/files/biblioteca/direitos-humanos/direitos-da-populacao-lgbt/obras_digitalizadas/audre_lorde_-_textos_escolhidos_portu.pdf. Acesso em: 19 set. 2020.
SILVA, Ana Paula Procópio da; ALMEIDA, Magali da Silva; GONÇALVES, Renata. Ochy Curiel e o feminismo decolonial. Revista em pauta, Rio de Janeiro, v.18, n.46, p.269 - 277, jul./dez. 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/revistaempauta/article/view/52020/34475. Acesso em: 24 set. 2020.

INSCRIÇÕES CONFIRMADAS

Carina Freitas dos Santos
Alessandra Renata Geremias
Aline Luíza Moreira Pereira
Ana Laura Monico Brandão Campoó
Aparecida de Fátima Ribeiro
Bruna Michele Barbosa
Carina Moreira Medeiros
Debora de Oliveira Carvalho
Edilene Souza da Silva
Edna Fernandes Da Rocha Edna Rocha
Georgia Souza Matos
Heloisa Vieira
Isadora Ramos dos Santos
Jamile Santos Brito
Josué Rodrigues Silva
Jussara Cristina Rodrigues da Silva
Lucinéia Rodrigues
Lycilanne Carneiro dos Santos
Maisa Bozelli Vieira
Manoela Nascimento Andrade
Marcia Terezinha Liberatti
Maria da Guia da Silva Monteiro
Mariana Monteiro Vieira
Marina Rezende dos Santos dos Reis Oliveira
Mônica Kelly Silva de Oliveira
Nadjane Crisóstomo Prado
Nuria Pardillos Vieira
Ricardo Leão Ribeiro Wanzeller
Ricardo William Guimarães Machado
Rodrigo de jesus almeida
Samara Stefanie Silva de Oliveira
Simone dos Santos
Thaina Correa Bento
Thainara Cristina Amorim da Silva
Thaissa Bento Ferreira