Minicurso 21 Ciberfeminismo como ferramenta de enfrentamento ao racismo
Sessões: 16 e 17 de dezembro
Resumo
O presente minicurso pretende analisar e discutir acerca do ciberfeminismo enquanto ferramenta política utilizada na articulação no enfrentamento ao racismo. Considerando que nesta quarta onda feminista a perspectiva interseccional e o feminismo decolonial se fazem fortemente presentes, de modo que é cada vez mais comum o engajamento de mulheres jovens, visto que estão mais conscientes da existência diversa das mulheres, como também do fato que nem todas as mulheres sofrem/enfrentam as mesmas opressões e violências. Visa ainda propiciar condição para uma reflexão sobre as mudanças no arcabouço conceitual e dos desafios postos no enfrentamento ao racismo às mulheres negras. Nesse sentido, em um primeiro momento realizaremos um panorama sobre os percursos dos feminismos na quarta onda, considerando o papel da internet, principalmente das redes sociais na articulação, visibilidade e fortalecimento de grupos de mulheres marginalizados nas construções das narrativas feministas, a exemplo das mulheres indígenas, quilombolas e em especial das mulheres negras. No segundo momento, se propõe a dialogar com a produção acadêmica acerca da epistemologia ciberfeminista e da importância da utilização desse termo. E por fim, abordaremos exemplos do uso do ciberfeminismo enquanto ferramenta política utilizada na articulação do enfrentamento ao racismo, com base em ações e perfis em redes sociais.
PRINCIPAIS TÓPICOS DO CURSO:
1. Os feminismos na quarta onda: As mulheres são plurais e diversas;
2. 2015 e o "e eu não sou uma mulher?": A Marcha das Mulheres Negras;
3. O que diz a produção acadêmica sobre o ciberfeminsmo;
4. Demacando território: visibilidade e fortalecimento das mulheres negras nas redes socias;
5. 2020 e as reações antirracistas.
PÚBLICO-ALVO:
Militantes, profissionais, docentes, discentes de graduação e de pós-graduação e entre os colaboradores nacionais e estrangeiros.
METODOLOGIA
O Minicurso utilizará abordagem dialógica buscando uma perspectiva analítica relativa aos impactos decorrentes do ciberfeminismo enquanto ferramenta política de articulação no enfrentamento ao racismo, especialmente na visibilidade e fortalecimento da mulher negra, grupo que por deveras foi/é historicamente marginalizado dos debates e da contrução de narrativas feministas (RIBEIRO, 2019).
Cumpre destacar que em virtude do cenário pandêmico, dos riscos à saúde e da possiblidade de ampliação da contaminação pela COVID-19, adotaremos o uso de tecnologias remotas para permitir uma participação sem a ruptura das relações de isolamento social que são fundamentais nessa etapa da pandemia, ao mesmo tempo, que possibilita uma aproximação com uso de tecnologias remotas entre militantes, profissionais, docentes, discentes de graduação e de pós-graduação e entre os colaboradores nacionais e estrangeiros.
Os tópicos serão desenvolvidos por meio de apresentação oral, utilizando-se material indicado na referência bibliográfica. Durante a apresentação, os participantes serão incentivados a fazer intervenções e a interagir com os ministrantes do minicurso para tirar dúvidas, complementar informações e trocar experiências.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe [recurso eletrônico]. 1. ed. - São Paulo: Boitempo, 2016.
FIGUEIREDO, A. A marcha das mulheres negras conclama por um novo pacto civilizatório: descolonização das mentes, dos corpos e dos espaços frente às novas faces da colonialidade do poder. In: BERNARDINO-COSTA, J; MALDONATO-TORRES, N; GROSFOGUEL, R. (Orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
HOLLANDA, H. B. de. Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
LEMOS, R. de O. Mulheres negras marcham em 2015 pelo bem viver. SER Social, Brasília, v. 17, n. 36, p. 207-224, jan.-jun./2015. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/13423. Acesso em: 25 de set. de 2020.
LIMA, D. da C. O feminismo negro na era dos ativismos digitais. Conexão Política, Teresina v. 8, n. 1, 49 - 70, jan./jun. 2019. Disponível em: https://revistas.ufpi.br/. Acesso em: 25 de set. de 2020.
PAULA, T. V. de; GALHERA, K. M. Feminismos plurais: a América Latina e a construção de um novo feminismo. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 27(2). Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/1806-9584-2019v27n260065. Acesso em: 25 de set. de 2020.
RIBEIRO, D. Pequeno manual antirracista [recurso eletrônico]. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SILVA, T. P. da. Construções identitárias e TICs: o caso do blog "Blogueiras Negras". Extraprensa, São Paulo, v. 12, n. esp., p. 488 - 504, set. 2019. Disponível em: https://doaj.org/article/ba5672fd9d8446f1b306734b0ad6e41d. Aceso em: 25 de set. 2020.
INSCRIÇÕES CONFIRMADAS
Ellen Dutra de Oliveira
Josiane da Silva Quintana Alves
Laisla Suelen Miranda Rocha
Nelza Jaqueline Siqueira Franco
Nilza Francisca de Jesus Sousa
Pammella Barbosa Galdino
Sueli Custódia Da Cruz
Ubiratan de Souza Dias Junior
Valdivina Francisca de Jesus e Rocha
Vanda Theodoro Silva