Minicurso 23 Resistências contra o racismo, o juvenicídio e a guerra às drogas
Sessão única: 17 de dezembro
Resumo
"Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci" (Cidinho e Doca). Na guerra às drogas, há uma sinergia entre o racismo e o ódio de classe. A junção desses marcadores sociais determina as vítimas dessa guerra, uma guerra que não é, nem poderia ser, contra as drogas: é contra as pessoas, mas não todas elas, algumas parecem ter um alvo invisível que a maquinaria bélica do Estado sabe reconhecer. Os corpos negros são controlados por políticas de Estado que os tornam descartáveis. Um signo que o racismo atribuiu à corporeidade negra. A violência também é estética, as discursividades apresentadas pela mídia tradicional nos fazem associar a corporeidade negra à violência. Sempre nos apresentam imagens de corpos negros encarcerados, algemados, violentos. São apresentados em jornais, telejornais, filmes e novelas. Moldam o pensamento coletivo, reforçando as assimetrias raciais. O racismo estrutura a sociedade brasileira desde nossos inconscientes, desde nossos afetos. Mas o povo negro resiste. E se as periferias do Brasil são os territórios que o Estado elegeu para mirar seu arsenal bélico, também são territórios de aquilombamento. Onde, as existências jovens se mostram aguerridas, insistem e resistem em mostrar que nas periferias também se vive, se luta e se ama. Se produz música, poesia, literatura, danças, se ensina o saber ancestral, se aprende o afeto coletivo. Que possamos ser também instrumento de resistência e ecoar as vozes da existência juvenil, "segurar a primavera entre os dentes", lutando para criar pontes, para os que vierem depois possam atravessar e florescer em vida.
Metodologia:
- Roda de conversa utilizando como disparadores a literatura, a música, a poesia e a fotografia. Ao final da oficina buscar-se-á que os participantes produzam algum elemento artístico, podendo ser textos, gravuras, zines, músicas, poesias, expressão corporal, entre outros, estimulando a troca entre os sujeitos coletivos e a vivência capaz de potencializar ainda mais as ações já desenvolvidas no cotidiano.
Principais tópicos:
- Formação social brasileira e racismo estrutural
- Proibicionismo e política de guerra às drogas
- Genocídio da juventude negra periférica
- Problemas da imposição de uma condição subalterna
- Importância da consciência racial e de classe
- Lutas e resistências
- Enxergando potências em todos os cantos!
- Arte e resistência
- Aquilombar é necessário!
INSCRIÇÕES CONFIRMADAS
Amanda Regina Fontes do Lago
Amanda Leticia Magro
Ana Flávia Soeiro dos Santos
Ana Gabriela da Silva Moura
Ana Letícia Rosa Piedade
Ana Paula Bocca
Andrea Cristina de Araujo
Angelina Maria da Silva Pessanha
Anna Alzira Holanda Barbosa
Anna Flávia Santos Pereira
Bárbara Batista Domingos
Bruna Aparecida Xavier da Silva
Daniela Cristina Augusto Campos
Doralice Lopes da Silva
Emily de Jesus Ferreira
Fernanda Rafaela Pinheiro Morais
Gabriele Andrade da Silva
Glória Regina de Souza de Oliveira
Grayci da Silva Martins
Guilherme Santos Castilho
Isis Brazil
Jaqueline Costa de Jesus
Jéssica Cristina Santiago da conceição
Jessica De Oliveira Souza
João Vitor Sales Silva
Juliana Tamires Cunha Morgado dos Santos
Karine Augusta Jardim
Laryssa Carvalho de Oliveira Neves
Letícia Santos Nogueira
Loiva Maria de Oliveira Machado
Luana Rocha Queiroz
Mara Katia De Oliveira Nascimento
Maria Eduarda Andrade de Araujo
Maria Helena Pompeu
Marina Massote
Mayara de Almeida Martins Pereira
Morgana Gomes Izidório
Morgana Paiva
Nayra Feitosa Soares
Paula Mayumi Isewaki
Rita de Cássia Martins de Limas
Sofia Castro Teixeira
Susane Geibel
Tatiani Soares
Terezinha Mariana Santos Oliveira
Thaiara Veppo dos Anjos
Uelington Gomes Ferreira
Vanessa da Silva Domingues
Virgínia Aparecida Nunes
Vitoria Cavalcante Duarte
Vitoria Fernanda Santos Sousa